Qual a relação entre cidades inteligentes e sustentabilidade ?
- Malu Silva
- 30 de nov. de 2015
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A pauta das cidades na questão da sustentabilidade é crucial. Elas consomem dois terços da energia mundial, embora abriguem pouco mais de metade das pessoas. Geram 75 por cento dos resíduos e passam por um processo dramático de esgotamento dos recursos hídricos e de consumo exagerado de água potável. Estas transformações acarretaram uma série de problemas comuns a elas. O abandono das áreas centrais pelo setor industrial e a consequente degradação urbana de espaços com evidente potencial de desenvolvimento é "a mesma face da moeda que expõe a urbanização ilegal, porém real e incontrolável, de nossas periferias", lembram os autores. As consequências este chamado espraiamento urbano "são dramáticas". São Paulo, onde faltam politicas urbanas sensatas e sobram improvisos, é um caso típico deste espraiamento e da falta de medidas de ocupação de seus espaços ociosos e decaídos, como as áreas no entorno de vias férreas. Uma política deliberada de exclusão do governo de direita da cidade empurra os menos favorecidos para a periferia, criando sérios problemas ambientais, sociais e culturais - estas pessoas terão de rodar muitos mais quilômetros para chegar a seus locais de trabalho (gerando mais emissões), e quase fatalmente ocuparão áreas de proteção ambiental, além do que de maneira geral consumirão mais recursos, sendo que existem já nas áreas centrais da cidade equipamentos e edifícios que poderiam ser ocupados de forma mais sustentável, bastando uma visão moderna e humanista que o poder público local não tem.
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